Economia

O Índice de Confiança Empresarial (ICE) subiu 0,3 ponto em março ante fevereiro, alcançando 95,0 pontos, informou nesta segunda-feira, 2, a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado é o mais elevado desde abril de 2014, quando o indicador estava em 95,6 pontos. O indicador médio do primeiro trimestre ficou 2,8 pontos acima do resultado do trimestre anterior. Na comparação com o mesmo trimestre de 2017, o avanço é de 11,5 pontos.

“O resultado de março seguiu o padrão do mês anterior: variação discreta da confiança empresarial com melhora na percepção sobre a situação atual e estabilidade das expectativas. Dadas as limitações a um avanço mais expressivo da confiança estabelecidas pelo ritmo ainda lento de recuperação da economia e pelos níveis ainda elevados de incerteza, a acomodação do índice em novo patamar por dois meses ainda pode ser lida de forma favorável. O índice deve retomar a tendência ascendente nos próximos meses”, avaliou Aloisio Campelo Junior, superintendente de Estatísticas Públicas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

O Índice de Confiança Empresarial reúne os dados das sondagens da Indústria de Transformação, Serviços, Comércio e Construção. O cálculo leva em conta os pesos proporcionais à participação na economia dos setores investigados, com base em informações extraídas das pesquisas estruturais anuais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a FGV, o objetivo é que ICE permita uma avaliação mais consistente sobre o ritmo da atividade econômica.

Em março, houve melhora em quase todos os setores, com exceção dos Serviços, que recuaram 1,7 ponto no mês. A maior contribuição para a alta do índice empresarial foi da Indústria (2,9 pontos), seguida pelo Comércio (1,9 pontos).

A confiança cresceu em 51% dos 49 segmentos pesquisados para compor o ICE de março. A coleta do Índice de Confiança Empresarial reuniu informações de 4.893 empresas dos quatro setores entre os dias 1º e 23 de março.