Uma competição muito comum no mundo da tecnologia é “qual é o melhor celular?”. Ou uma variação dela: “qual a melhor fabricante de celulares?”.
Briga de torcida: qual seu time?
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E na internet formam-se verdadeiras torcidas organizadas da Apple e/ou do iPhones, ou da Samsung e/ou da linha Galaxy. Na verdade decidir os “vencedores” é algo que passa por critérios bem pessoais ou subjetivos, mas isso não é o bastante para tolher essa competição.
E em como toda “briga de torcida”, os argumentos a favor ou contra costumam ser bem passionais, quando não caem no clichê mesmo. “No iPhone não dá para configurar nada”, “como alguém consegue usar esse teclado da Samsung?”, “o design desses aparelhos da Sony é ruim, “a Asus põe muito aplicativo” e assim vai.
Pensando nisso, resolvemos conversar com fãs de algumas das principais empresas que vendem celulares no Brasil e saber deles os motivos que os fizeram acompanhar e defender a marca nos últimos anos.
Apple
Eduardo Gasser, advogado e empresário: “Sou fã da marca desde 2005, quando comprei meu primeiro iPod e nunca mais parei! Desde 2007 quando foi lançado o primeiro iPhone nunca mais tive outro celular. Tive todos que existiram no mercado, todos mesmo! Também tenho iPad, MacBook e assim por diante. Recentemente tive uma proposta de venda no meu iPhone 1 de 2007 por R$ 12 mil e rejeitei. Ele ainda funciona.”
“O iPhone é quase uma extensão do meu corpo, não vivo sem ele. Faço tudo com ele, desde trabalho até diversão. O que eu mais gosto é a praticidade, a funcionalidade, a beleza e principalmente a segurança no uso, tudo concentrado no mesmo aparelho. Antes do iPhone em 2007 usava celulares convencionais como todo mundo. Mas nunca tive e nunca terei outro smartphone.”
“Desde 2007 não uso nada que não seja Apple. Quando eu usava o maldito do Windows era problema de vírus direto, cheguei a perder uma pasta do escritório com documentos importantes de clientes. Hoje com o MacBook faço tudo com os olhos fechados. Tudo que tem no Android é 100% copiado do iOS, só que sem a mesma segurança e sem a mesma qualidade da Apple”.
Asus
Rita Ramos, jornalista: “Gosto da marca desde o final de 2014, quando comprei um ultrabook da Asus. Foi uma das minhas melhores aquisições. Além de bonito, era leve e tinha todas as configurações que eu precisava por um preço bem menor do que seu equivalente de outras marcas. Em 2015, comprei um Zenfone 5. Fiz uma avaliação entre modelos da Asus, Motorola e Samsung, ficando com a primeira após muita pesquisa –os blogs de tecnologia e as opiniões de outros usuários me ajudaram muito. A questão não era só o preço, mas devo dizer que a Asus se saia bem melhor em relação aos concorrentes na relação custo/benefício.”
“Em 2016, comprei um Zenfone Selfie. Eu sempre fui uma usuária ‘multitarefa’ e tinha ‘ataques nervosos’ o tempo inteiro porque o celular anterior sempre travava. Com o Zenfone 5, isso parou de acontecer; eu podia usar tudo que eu queria dos recursos do celular e ele nunca travava. As pessoas até ficavam espantadas quando eu dizia isso. Decidi comprar um Zenfone Selfie porque ele tinha mais memória interna e também porque as duas câmeras (frente e traseira) eram melhores. Mas ambos são celulares com boa memória, rápidos, com bastante espaço interno e um custo bem coerente para o que oferece.”
“O que não gosto neles é a fragilidade do material externo. Meu segundo celular vive com capa porque eu sei que qualquer queda, por menor que seja, pode danificá-lo. Outro ponto extremamente negativo para a marca é a assistência técnica autorizada. Quando meu primeiro celular sofreu um dano na tela, eu queria a substituição por uma peça original, apesar de saber que isso não era coberto pela garantia. Foi um pesadelo conseguir fazer a assistência entender que eu pagaria pelo serviço. Acabei desistindo e recorrendo a uma assistência não autorizada. A sorte é que, tirando essa queda, eles dificilmente quebram.”
Lenovo/Motorola
Anne Pires, designer: “Em 2012, adquiri meu primeiro Motorola, logo após a tela do meu antigo celular trincar pela segunda vez. Me surpreendi com as funcionalidades, rapidez e câmera dele. Usei também um Moto RAZR e a linha Moto X e Moto G. Já tive o lendário Motorola fino V3, dois deles, um preto e uma versão limitada ‘Rosa Gelato’“.
“A experiência com eles foi muito satisfatória, superando as minhas expectativas em termos de bateria, velocidade, câmera e funcionalidades. Atualmente, eu gosto dos comandos de voz e da tela sensível à luz, que me permite saber se há notificações dos meus aplicativos, mensagens e chamadas somente passando a mão por cima, sem desbloquear o aparelho”.
“Eu tinha iPhone antes e me sinto muito mais em liberdade e com muito mais funções com o meu Motorola. E eu gosto do Android, na facilidade de conexão com o Google. É fundamental pra mim ter fácil acesso aos meus dados e arquivos tanto no celular quanto no computador. Acredito, porém, que a marca poderia investir ainda mais na qualidade da câmera e na força da tela, pois são os pontos fracos deles”.
Sony
Igor Ramos, empresário: “Meu primeiro produto Sony foi um Discman, acho que em 1997, que eu gostava demais porque tinha sistema anti-impacto. Desde então fiquei fã da marca pelo design e qualidade dos produtos. No boom das câmeras digitais, comprei uma Sony, não lembro o modelo. Tenho também fones e lentes da Sony.
Meu primeiro celular foi um Nokia, bem funcional, ótima bateria. O segundo e terceiro foram Sony Ericsson, por conta do sistema de música e pela câmera. Depois usei um Samsung; prático, mas travava vez ou outra. Voltei para a Nokia: comprei um Lumia muito bom, mas muito pesado. Foi quando voltei para Sony com o Xperia Z3.
Antes de adquirir o Z3 eu nunca dava mais que R$ 600 em um aparelho, mas quis investir em um celular com câmera boa para me auxiliar nos trabalhos de redes sociais. Comparei o preço com o iPhone, mas preferi o Sony que saiu por R$ 2.500. A experiência com o Z3 foi superpositiva, nada a reclamar. Agora uso o Sony Xperia M5, que do nada se desliga e só liga de volta se conectar ao carregador. Mesmo assim não troquei. Só trocaria o celular Sony pelo iPhone por conta da câmera, da conectividade com o Macbook e iPad e por conta do iOS”.
Samsung
Vânia Teófilo, designer: “Comprei o meu primeiro Samsung em 2012. Pesquisei bastante na época, porque queria um celular bem barato e que funcionasse razoavelmente bem. Meu primeiro Samsung foi o Fame. Atendia bem as minhas necessidades. O meu atual, um Samsung Gran Prime foi comprado no começo deste ano. Gostei tanto dele que acabei comprando um para o meu marido e um para minha mãe alguns meses depois. Eu gosto muito do custo-benefício da Samsung, acho muito elegante a marca ter opções de aparelhos que vão desde os muito caros até uns bem baratinhos sem perder qualidade”.
“A bateria sempre é um problema. Apesar de hoje as baterias durarem mais, o uso da internet e de certos apps acabam com essa vantagem. Lá no comecinho dos anos 2000 eu tive Nokia, que amava; Ericsson, que só me deu problema; um Sony Ericsson, que até achava charmoso; depois tive alguns Motorola que eu amava muito e ficaria fiel à marca se não fosse a chegada dos smartphones”.
“Eu tive um iPhone, que funciona até hoje, mas fiquei com muita raiva da marca porque acho um absurdo eles mudarem o sistema a cada modelo.”